quinta-feira, 17 de março de 2011

Acidente Vascular Cerebral, Esclerose Lateral Amiotrófica e Doença de Alzheimer: estudo analisa uso de células-tronco do Sangue de Cordão Umbilical e células derivadas do fluido menstrual

 
Cryopraxis participa de estudo internacional para avaliar possibilidade futura das células-tronco derivadas de sangue de cordão umbilical e células do fluido menstrual no tratamento de pacientes que sofrem de acidente vascular cerebral, Alzheimer e esclerose lateral amiotrófica (ELA). O grupo formado por pesquisadores da Universidade do sul da Flórida e de três grupos de pesquisa do setor privado, Saneron , Cryo-Cell International, e Cryopraxis/CellPraxis participam do projeto.
O estudo foi publicado na primeira edição da revista Cell Transplantation de 2011 disponível gratuitamente on-line http://www.ingenta.com/journals/browse/cog/ct



Ao contrário daquelas do sangue de cordão umbilical, as células-tronco oriundas do fluido menstrual não podem ser utilizadas para o transplante de medula (patologias sanguíneas), mas ambas apresentam características interessantes e potenciais para uso em outras patologias.


"Células de sangue de cordão umbilical e células-tronco derivadas do fluido menstrual são relativamente fáceis de obter, parecem ser capazes de se diferenciar em vários tipos de células, e são imunologicamente imaturas, apresentando potencial de promover a regeneração celular", disse o Dr. Paul Sanberg, diretor executivo do Centro de Excelência em Envelhecimento e Reparação Cerebral da Universidade do Sul da Flórida e consultor científico da Cryopraxis/Cellpraxis.


Segundo Dr. Eduardo Cruz, presidente da Cryopraxis/CellPraxis, células do sangue do cordão umbilical (SCUH) são coletados necessariamente no momento do nascimento e as células-tronco derivadas do fluido menstrual (MenSCs) poderiam ser coletadas a qualquer tempo, ou uma vez por mês durante 40 anos das mulheres durante a fase reprodutiva que não tiveram a oportunidade de coletarem o sangue de cordão umbilical.


"Ainda que sangue de cordão umbilical já esteja sendo utilizado em procedimentos terapêuticos em seres humanos, tanto SCUH quanto MenSCs têm sido utilizados com sucesso em experimentos de laboratório de doenças degenerativas", observou o Dr. Cruz.


MenSCs foram transplantadas em modelos animais com AVC e se mostraram capazes de se diferenciar em vários tipos de células neurais.


Este estudo também demonstrou que o transplante de determinadas células do sangue de cordão em modelos animais de acidente vascular cerebral, doença de Alzheimer, esclerose lateral amiotrófica demonstrou potencial terapêutico pois reduziu a inflamação, um componente chave de muitas doenças neurodegenerativas.


De acordo com a Mercedes Walton, presidente da Cryo-Cell International, Inc., os estudos das células-tronco nas terapias celulares estão surgindo com uma velocidade incrível nos últimos anos. "Nossa descoberta de que células do sangue menstrual contém células-tronco proliferativas que podem se diferenciar em vários tipos diferentes de células, incluindo células cardíacas e neurais, abriu possibilidades de novas terapias", disse ela.