sábado, 12 de dezembro de 2009

Células de Sangue de cordão Umbilical Humano Originam Células Produtoras de Insulina

Neste estudo os autores investigam células-tronco derivadas de sangue de cordão umbilical humano (SCUH) e apresentam sugestões dos mecanismos pelos quais estas células levariam a regeneração das células produtoras de insulina.

Células derivadas de Sangue de cordão Umbilical Humano Originam Células Produtoras de Insulina In Vivo

Yoshidaa, S e col. Human Cord Blood–Derived Cells Generate Insulin-Producing Cells in Vivo. Stem Cells, Vol. 23 No. 9 October 2005, pp. 1409-1416.

Para reduzir a necessidade de transplante de órgãos em pacientes com diabetes os pesquisadores tentam identificar células-tronco progenitoras que possam, fisiologicamente, produzir insulina em resposta à glicose.

Células-tronco embrionárias têm sido largamente estudadas com base em sua capacidade multipotencial. Células produtoras de insulina derivadas de embrião murino e humano in vitro já foram descritas. Entretanto os métodos analíticos de produção de insulina in vitro pelas células-tronco embrionárias têm sido questionados. Além disso, o risco de formação de teratomas e as questões éticas podem limitar o uso clínico dessas células.

A descrição de células mesenquimais derivadas de Células-tronco de Medula Óssea na reconstituição de células beta pancreáticas em transplantes singenêico ou alogenêico no modelo murino data de 1995.

Ianus, em 2003, mostrou a produção de insulina por células derivadas de M.O. em camundongos diabetes-induzidos, por um mecanismo independente de fusão. Entretanto, os modelos de regeneração hepática com o uso de células-tronco derivadas de M.O. parecem ocorrer através da fusão.

Neste estudo os autores investigam células-tronco derivadas de sangue de cordão umbilical humano (SCUH) e apresentam sugestões dos mecanismos pelos quais estas células levariam a regeneração das células produtoras de insulina.

Células Mononucleares derivadas de SCUH (depletadas de céls. T) foram transplantadas em camundongos recém-nascidos que apresentavam diabetes severa combinada com imunodeficiência/beta2 – microglobulinemia (sem células T, B maduras e baixa atividade de células NK). Neste transplante foi possível identificar a presença de células produtoras de insulina com cromossomos humanos no tecido pancreático.

Usando a técnica de Hibridização in situ com dupla fluorescência (FISH) por meio de marcadores espécie-específicos, os autores determinaram que o mecanismo de reparo possuía uma via dependente de fusão celular e outra via independente de fusão celular em níveis equivalentes.

Os autores demonstraram que as células produtoras de insulina são geradas a partir de células-tronco do SCUH In Vivo como evidenciado pela presença de insulina humana (RNA) e de células-insulina positivas com cromossomos humanos in situ.

As análises com FISH duplo sugerem que a geração de células humanas derivadas de SCUH, produtoras de insulina pode se dar tanto pelo mecanismo dependente de fusão como independente.

Este resultado permitiu que os autores concluíssem que a produção in vivo de células-produtoras de insulina pode encorajar o uso futuro da medicina regenerativa no tratamento da diabetes mellitus

Progenitores em Sangue de Cordão Umbilical Humano: O Potencial dessas células se tornarem Neurônios

Os autores estudam a fração mononuclear das células de sangue de cordão umbilical humano. Separam duas sub-populações celulares e as caracterizam pela morfologia, viabilidade celular, proliferação e expressão de antígenos de superfície neuronais e hematopoéticos. Concluem que estas células tem potencial para se diferenciar em neurônios.

Progenitores em Sangue de Cordão Umbilical Humano: O Potencial dessas células se tornarem Neurônios 1

A fração mononuclear do sangue de cordão umbilical Humano (SCUH) contém um número significativo de células-tronco ou progenitoras, as quais em teoria poderiam originar qualquer tipo de célula do corpo, incluindo neurônios. Levando em consideração, que a transdiferenciação parece ser um evento extremamente raro e que existe uma superposição da programação genética para hematopoese e para neuropoese, Chen e colaboradores fizeram uma análise da morfologia, viabilidade celular, proliferação e expressão de antígenos neuronais e hematopoéticos na fração mononuclear de células de SCUH. Eles obtiveram duas populações celulares uma aderente e outra não-aderente. A fração de células aderentes era composta, principalmente, por linfócitos (53%) que expressavam antígenos hematopoéticos. Após replaqueamento, a população não-aderente apresentava um grande número de células que expressavam antígenos de células-tronco. A maioria das células nesta sub-fração apresentava proteínas neuronais. Receptores para neurotrofina, trkB e trkC estavam presentes nas duas frações celulares, embora a expressão tenha se revelado mais intensa na fração não-aderente. Os autores concluem que esta caracterização é sugestiva de que existe uma sub-população de células na fração mononuclear do sangue de cordão umbilical humano, que aparenta ter potencial para se converter em neurônio, o que a tornaria útil no desenvolvimento de terapias celulares para a lesão cerebral.

1- Human Umbilical Cord Blood Progenitors: The Potential of These Hematopoietic Cells to Become Neural NChen, JEHudson, PWalczak, IMisiuta, SGarbuzova-Davis,a LJiang, JSanchez-Ramos,a PR. Sanberg,a, T Zigova,–A E. Willinga Stem Cells 2005; 23:1560–1570.